Falta de lixeiras nas ruas gera reclamações e improvisos; carioca chega a ficar quase 1 km no Centro sem ter onde jogar lixo

Falta de lixeiras nas ruas do Rio gera reclamações e improvisos Você já precisou andar carregando lixo por não encontrar uma lixeira? O RJ2 percorreu ruas ...

Falta de lixeiras nas ruas gera reclamações e improvisos; carioca chega a ficar quase 1 km no Centro sem ter onde jogar lixo
Falta de lixeiras nas ruas gera reclamações e improvisos; carioca chega a ficar quase 1 km no Centro sem ter onde jogar lixo (Foto: Reprodução)

Falta de lixeiras nas ruas do Rio gera reclamações e improvisos Você já precisou andar carregando lixo por não encontrar uma lixeira? O RJ2 percorreu ruas do Centro do Rio para testar se a cidade está realmente com poucas opções para descarte. O resultado: foram quase 1 km de caminhada até conseguir jogar uma simples garrafa fora. “Tá faltando lixeira? Muito, não tem nenhuma. Se tu olhar aí, não tem nenhuma!”, reclamou Cristiane Santiago, operadora de caixa na Penha. No Catete, a percepção é a mesma. “Diminuiu totalmente, não tem mais lixeiras aqui no bairro”, disse Carla Dantas, funcionária pública. Durante o trajeto pela Avenida Presidente Vargas até a Saara e a Uruguaiana, o RJ2 encontrou guimbas de cigarro pelo chão e moradores improvisando estratégias para não sujar a cidade. “Eu guardo na bolsa para jogar no lixo da minha casa. Aqui no Centro não tem”, contou a ambulante Josefa Tavares. O engenheiro civil Grisan Nascimento também disse se adaptar: “Eu sempre guardo na mochila e, quando chego no meu prédio, coloco. Porque por aqui não tem não”. A ausência de lixeiras traz consequências visíveis. “Choveu, já era. Os bueiros entopem e fica bastante complicado”, alertou Everton Silva, assistente técnico. A podóloga Denise Maria Cardo de Araújo reforçou: “A lixeira tá fazendo muita falta. Choveu, juntou água, é mosquito, barata, rato”. Lixeira vandalizada no Rio Reprodução/RJ2 O que diz a Comlurb Segundo a Comlurb, o problema é o vandalismo e o furto das papeleiras. “A cidade conta com mais de 38 mil equipamentos. Só em 2025 já fizemos a instalação de mais de 6,5 mil novas coletoras. Isso gera um prejuízo de mais de R$ 1 milhão por ano”, afirmou Alexandre Campos, diretor de Limpeza Urbana da companhia. Em substituição, a prefeitura vem apostando em contêineres de alta capacidade — já são mais de 12 mil em diferentes bairros. Mas moradores de regiões como a Taquara afirmam que ainda não veem resultado. “É raridade, deve ter uma só aqui na Av. Nelson Cardoso. A gente sempre improvisa”, disse o jornaleiro Pasqual Junior. No Catete, a reportagem ouviu mais reclamações. No fim, além da falta de lixeiras, pesa também a falta de educação. “É serviço do gari, mas a população também tem que ajudar. Se a população não ajudar, fica meio difícil”, resumiu o aposentado Antonio Oliveira. Novas lixeiras instaladas em alguns pontos do Rio Reprodução/RJ2